domingo, 16 de novembro de 2008

Jules Verne - Volta ao Mundo

Este ano comemoram-se os 180 anos do nascimento do escritor francês Jules Verne (1828-1905). Por esta razão, têm sido várias as iniciativas para celebrar este acontecimento. No blog http://jvernept.blogspot.com, ficamos a saber que alguns vernianos tiveram a ideia de fazer circular um exemplar do livro "A volta ao mundo em 80 dias", do autor francês, pelo nosso planeta, através de alguns locais por onde passou a personagem do livro. A viagem será documentada através de fotografias. Esta viagem teve início no Porto, Portugal, e aí deverá terminar. Pelas últimas notícias, o livro terá deixado a cidade holandesa de Zeist para chegar à Polónia.
Esperamos pelo retorno deste livro a terras lusas, e que cumpra o esperado objectivo de completar a viagem em 80 dias ou menos. Para que possa acompanhar esta viagem consulte:

Cultura: Da Livraria Bulhosa até à FNAC

Enquanto membro do BioCEL (núcleo de estudantes de Biologia da Lusófona), foi da minha responsabilidade a organização do BioCafé, que consistia em palestras dadas de um modo informal, por investigadores convidados sobre a sua área de pesquisa.
Estas conferências foram realizadas na Livraria Bulhosa, no Campo Grande. O responsável por este tipo de actividades na Bulhosa, o sr. A. D., tinha uma interessante visão da cultura. Dizia ele: "A livraria não deve ser somente um local de comércio de livros. É um lugar de cultura, que deverá manifestar-se nas suas diversas formas." Portanto, foi com a maior das amabilidades que acolheu o nosso projecto do BioCafé, como anteriormente acolhera pequenos concertos de jovens músicos, ou leitura de contos para crianças.
Esta ideia de algo mais que uma livraria agradou-me bastante. É uma diferente maneira de levar cultura às pessoas, cultura essa, nas suas mais diversas formas. Atitude semelhante, teve a FNAC, que para comemorar os seus 10 anos de existência em Portugal, ofereceu bilhetes para um concerto no dia 14 de Novembro no Pavilhão Atlântico, no parque das nações.
Neste concerto actuaram grupos como "Peixe: Avião", "Deolinda", passando por "Rita Redshoes", "Clã", até aos veteranos "Xutos & Pontapés".
Deixo como sugestão, a passagem pelo link http://br.youtube.com/watch?v=mb3Kh94XnLo, para ouvir uma nova interpretação do fado pelo grupo "Deolinda", uma revelação.

domingo, 9 de novembro de 2008

Manifestação Professores

Hoje, no dia 8 de Novembro do ano de 2008, vivemos mais um momento histórico em Portugal. Este foi o dia em que mais de cem mil professores voltaram a manifestar-se na capital portuguesa. Passados oito meses da anterior manifestação (8-3-2008), os docentes sentiram a necessidade de se fazerem ouvir, uma vez mais. E mais uma vez, ministra da educação e governo parecem não entender estes ecos de descontentamento da classe docente. Mais uma vez, para a ministra, os professores estão a ser manipulados pelos sindicatos, mais uma vez os professores não têm razão (cerca de 120.000 professores, mais de 2/3 dos professores nacionais), mais uma vez os professores são os maus profissionais que não querem avaliação.


Eu não sou professor, mas tenho familiares e amigos que o são. Por essa razão estou dentro do assunto, sinto o seu descontentamento, e, por essa razão, sinto-me apto para opinar. Para que se saiba, os professores querem ser avaliados, não o querem é desta maneira, não com tanta burocracia desnecessária. Ainda há pouco, numa entrevista no canal da sic notícias a Dra. Maria de Lurdes, afirmou que o processo de avaliação consiste na análise das aulas dadas pelos professores assim como através de umas folhas que "demoram cerca de duas horas, no máximo, a serem preenchidas, no total do ano lectivo", nas palavras da ministra. Sim, isso mesmo, a senhora ministra não percebe onde está a burocracia de que os professores falam, pois estes só têm de dispensar "2 horas de um ano lectivo" a preencher papéis, nem percebe a que se referem quando falam das dezenas de portfólios que têm de preencher.

A verdade é que há professores, como os meus familiares, que saem de casa perto das 7horas da manhã e tornam a casa cerca das 20 horas. Ficam no local de trabalho mais horas que o devido e sem receberem mais por isso. E o que ficam lá a fazer? A preencher a "papelada" e a terem reuniões seguidas de reuniões, algumas delas sobrepostas.
Seria benéfico para todos os intervenientes que houvesse entendimento com a mais breve celeridade, que voltem a dialogar.


Nota: Este texto reflecte uma opinião pessoal. Deixo também um abraço solidário a todos os docentes do nosso país, a quem todos devemos muito.