quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Gato Fedorento - Humaniza os Sufrágios

O programa “Gato Fedorento – Esmiuça os Sufrágios”, a passar na SIC às 21h30 de Segunda a Sexta, é uma novidade em Portugal. Não nos lembramos de um programa de humor político nas últimas décadas, mas ainda que existisse, as frequentes tensões entre a população e o governo – evidentes nas manifestações, por exemplo – fizeram supor que era impossível inserir humor na vida política. O panorama frio, racionalista e um tanto cinzento da discussão política e até das campanhas é desanimador. O que o grupo de humoristas conseguiu foi relativamente simples. Através das montagens com as imagens de debates, discursos e entrevistas, mostraram o lado engraçado e às vezes non-sense do discurso político, denunciando um certo artificialismo que terá alguma inspiração em técnicas de marketing. E humanizaram seguidamente os políticos que vão à entrevista e que podem mostrar uma face diferente, bem-humorada e diversa da faceta distante do quotidiano. Uma das razões do desinteresse pela política pode estar na falta de identificação da população com os políticos. Isto acontece porque dia-a-dia, ao aparecerem na televisão, estes assumem um papel que não parece humano. É um papel de excessiva seriedade que os pretende transformar em super-homens, invencíveis, insensíveis, longínquos e concentrados nos assuntos do Estado. Obviamente o que se quer num político e também num governante é uma honestidade, uma franqueza, uma dedicação e um trabalho sérios. Mas o que de artificial lhes é acrescentado fá-los parecerem-se cada vez menos com o povo que representam e governam. Como podem os comerciantes, os operários, os professores, os intelectuais, etc., identificar-se com homens que parecem tão distantes? O que os Gato Fedorento vieram fazer foi devolver essa humanidade aos políticos através do humor, que sempre gera sentimentos e respostas inesperadas. Talvez a partir daqui, mais do que na "Grande Entrevista" da RTP1, possamos ficar a conhecer melhor os políticos no seu raramente aparecido lado humano.

"Bull and Bear...Markets"

Eis mais uma sugestão de leitura, desta vez virada para a área da gestão pessoal.
No último post dedicado a este assunto, falei de um livro de Camilo Lourenço, destinado ao público em geral, cujo tema central era sobre como poupar[1].
De facto, de acordo com os princípios do capitalismo, um dos principais passos para a criação de riqueza é a poupança. Tendo conseguido juntar algum dinheiro e colocado de parte, o próximo passo é investir esse dinheiro, de modo a gerar riqueza. Há vários investimentos que podem ser realizados, dependendo da quantia disponível. Ele há quem invista em obras de arte, em casas, em planos poupança reforma (PPR), noutro tipo de depósitos a prazo, investimentos na bolsa, etc. Como vemos há vários tipos de investimento, tendo em vista a rentabilização do seu dinheiro, cada um com as suas vantagens e, também, desvantagens. Tudo depende da personalidade do investidor (e. g. Se o investidor for propenso ao risco talvez invista em acções; se, pelo contrário, for mais cauteloso, talvez opte por um depósito a prazo). E o investimento é algo que é necessário realizar ao longo do nosso percurso de vida, seja porque iremos precisar de financiamento para qualquer projecto, ou para usufruto na reforma (uma vez que as reformas são, geralmente, baixas). Além disso, sejamos sinceros, se queremos uma vida melhor temos de fazer por isso, não podemos esperar que uma vida boa “nos caia do céu por obra e graça do Espírito Santo”, ou o mesmo seja dizer, não podemos (nem devemos!!) estar à espera de ajudas e benesses do Estado.
A sugestão de leitura de hoje vai para o livro com o título “A Bolsa para Iniciados”, da autoria de Fernando Braga de Matos[2]. Anteriormente já tinha publicado o livro “Ganhar em Bolsa”, um manual de cerca de 550 páginas. Devido ao sucesso desse livro e a necessidade de abordar o mesmo tema dirigido a um outro público-alvo, surge a obra sobre a qual vou falar (esta menos volumosa – cerca de 200 páginas).
Quando se fala em investir na bolsa há dois conceitos que as pessoas têm em mente: “comprar barato para vender caro” e “um grande risco associado”. Este último em especial é verdade, mas não nos esqueçamos que quanto maior o risco, maiores também serão os lucros (Daí não se dever investir todas as poupanças, mas apenas uma parte). No entanto, para minorar os riscos existentes, neste livro o autor explica: em que investir (ter uma carteira diversificada), como investir, e quando investir (principalmente durante o Bull Market). Para sabermos se é bom período para começar a investir ou se devemos aguardar mais um pouco, procedemos a uma análise técnica com o intuito de analisar a designada “Tendência Bolsista”, uma vez que, como sabemos, existem ciclos de crescimento e de decréscimo económico. Assim chegamos a dois conceitos importantes:

“(...) os prenúncios de expansão económica dão a partida para a Tendência ascendente da Bolsa, o chamado Bull Market. E depois ocorre o movimento inverso e aparece o Bear Market, a tendência descendente da Bolsa, também com diferimento.[3]

Por outras palavras, desde que o mercado pareça dar sinais de crescimento e até atingir o seu auge encontramo-nos no Bull Market, a partir do momento em que encontramos nos gráficos as figuras de reversão, isto é, sinais de que o mercado não vai crescer muito mais, podemos esperar de seguida uma descida e aí estaremos no Bear Market (uma boa altura de vender as acções para manter os lucros). Mas tudo isto está bem explicado no livro.
Uma das maneiras de iniciar-se na bolsa é contactando o seu banco (que será o seu intermediário) onde abrirá um dossier de títulos e depois poderá realizar as suas transacções on-line, no conforto do seu lar (como as coisas evoluíram!). Também on-line tem toda a informação que poderá consultar, nomeadamente as oscilações diárias da bolsa, assim como as semanais, mensais e anuais (importantes para a Análise Técnica[4]).
Ou eu muito me engano ou estamos a entrar no designado Bull Market, pela análise técnica por mim realizada. É, portanto, esta a melhor altura para investir, tendo em vista o longo prazo, e quando este ciclo terminar quando reentrarmos novamente no Bear Market, há que vender as acções e usar a técnica “STOP LOSS” explicada pelo autor. E assim, deste simples modo, fazemos um investimento de onde retiraremos lucros. Lucros esses que poderão ser aumentados por outras técnicas que o autor divulga.
Chega de assuntos técnicos, termino a falar apenas do livro em si. Frequentemente, deparo-me com a necessidade de livros de divulgação, escritos por especialistas da área que consigam explicar conceitos complicados ou abstractos ao cidadão comum. Vejo essa necessidade não só na ciência que é a minha área de trabalho, como também na economia/gestão e em História[5]. Este livro é um claro exemplo de como esse objectivo foi conseguido. A matéria está clara, explícita, o texto vem intercalado com várias tabelas e gráficos de modo a que qualquer um possa acompanhar o raciocínio. O autor desmistifica certos preconceitos, como os investimentos na bolsa serem só para ricos e pessoas da área de economia, ou a existência de um “bicho-papão” nesses investimentos; na realidade esta é, cada vez mais, uma ferramenta que permite ao cidadão comum gerar a sua riqueza, desde que devidamente informado!!, daí a importância de ler este livro, ou outro semelhante. Além disso este livro está escrito com um bom sentido de humor e algumas citações hilariantes, como as que seguem:

Se os mercados fossem eficientes, eu não passaria de um pedinte.” – Warren Buffett – investidor bem-sucedido e o homem mais rico do mundo”, p. 96

Se conseguires manter a calma quando todos à volta perderam a cabeça, então é porque não percebeste a situação”. – Kipling p. 130

No entanto, o leitor tenha atenção porque há uma gralha nas tabelas da p. 137: os cálculos não estão feitos para um ganho de 5%, mas sim de 6%!! (Sim, dei-me ao trabalho de fazer as contas); na tabela de baixo, comparando as duas colunas, o ganho não é 10 vezes maior, mas sim cerca de 6 vezes maior. Seria 10 vezes se comparasse com os resultados da tabela de cima. No entanto, isto é de menor importância, pois creio que se deva a erros de formatação, nada mais. Este livro, na minha opinião está muito bom, e é uma leitura que sugiro vivamente.

Sites úteis[6]:
- o site do seu banco;
- http://www.nextbolsa.com/
- http://www.cmvm.pt/cmvm
- http://www.finbolsa.com/
- http://www.clubeinvest.com/bolsa/index.php
- http://finance.yahoo.com/
- http://www.mscibarra.com/index.jsp
- http://www.nyse.com/
- http://www.nasdaq.com/
entre outros...


Bibliografia:

Fernando Braga de Matos, “A Bolsa para Iniciados”, Editorial Presença, Lisboa, 2008



[1] http://armariumlibri.blogspot.com/search/label/Economia%2FGest%C3%A3o
[2] Na capa vem a seguinte referência sobre o autor: “(...) nasceu no Porto em 1943. Formado em Direito, exerceu advocacia e foi professor universitário. Joga na Bolsa desde 1969, desenvolvendo em simultâneo a actividade de cronista em jornais e revistas sobre economia política há cerca de 30 anos (...)”.
[3] “A Bolsa para Iniciados” (2008), p. 97.
[4] Há dois tipos de análise a ter em conta: A Análise Fundamental (AF) para escolher as acções, e a Análise Técnica (AT) “para analisar e medir o «tempo» do mercado”. Grosso modo, para realizar a AF recorre-se a cálculos, se quisermos saber, p. ex. o Price Earning Ratio (PER) ou o Dividend Yeald (DY), entre outros; e para Realizar a AT recorre-se, essencialmente aos gráficos pois o que pretendemos saber é a tendência.
[5] Em abono da verdade, tem havido um enorme esforço na área da divulgação científica e na área da Economia/Gestão, estando ao dispor do público uma panóplia de literatura sobre estes temas. Basta procurar nas grandes livrarias (FNAC, Bertrand, etc.)
[6] “A Bolsa para Iniciados” (2008), conforme pp.59-60

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Nota sobre a antiguidade das fábulas

As fábulas, normalmente matéria do interesse infantil, são muito mais antigas do que parece. Até a lição moral que costuma vir no fim pode trair este facto, tal é ainda a adequação dos seus valores aos nossos. O fabulário português que José Leite de Vasconcellos encontrou em manuscrito na Biblioteca Nacional de Viena de Áustria em 1900, era do século XV e continha uma série de breves histórias com as referidas lições morais no final. O título original era “Fabulae Aesopi in Lingua Lusitana”, mas o etnógrafo substituiu-o por “Livro de Esopo” e terá feito publicar a obra em 1906. Uma fábula pode definir-se como uma composição literária, em prosa ou verso, que dá corpo a “uma ideia abstracta, e sobretudo a uma verdade moral.”[1] Tem, todavia, a característica peculiar de o fazer recorrendo a factos fantasiosos. Dá-se vida a objectos inanimados, dão-se sentimentos e pensamentos humanos a animais e atribui-se vida autónoma a coisas que a não têm. Sem discutir a origem das fábulas, lembramos aqui as célebres compilações de Esopo, autor grego de cuja vida nada se sabe ao certo, de La Fontaine e Perrault, ambos franceses e, entre nós, as de Almeida Garrett, de Curvo Semedo e de Bocage, todos poetas e todos influenciados pelo Iluminismo. Para defender a antiguidade das fábulas e a sua quase perfeita recepção pela nossa cultura, apresentamos aqui uma do referido Livro de Esopo, que também aparecia há cerca de 20 anos num livro de leitura da Primária de então. A grafia medieval não foi alterada, pois pensamos que um texto, por difícil que seja, deve ser saboreado puro. O que não exclui a necessidade de informação adicional que auxilie a sua leitura.


“Comta este poeta este emxemplo e diz que os pees e as mãaos acusarom o uentre, dizendo:
-Nos ssempre ssosteemos grande afam em andando de ca e de lla em muytos trabalhos; e todos nos este uentre come e nunca sse farta, nem comtenta; e elle esta ocçioso e nom faz nem dura trabalho. Nom lhe demos de comer!
E assy o fezerom. Ho uentre começou a auer fame e disse aas mãaos e aos pees:
-Amygos, dade-me de comer e ajudade-me, ca eu mouro com ffame.
As mãaos e os pees disereom que lh’o nom queriam dar, e diziam-lhe:
-Sse tu queres comer, toma affam, assy como nos fazemos; d’outra guysa, nom queremos que comas quanto nos trabalhamos.
Em esta perfia esteuerom per espaço de dias, tanto que os pees começarom de enfraquecer e outrossy as mãaos.
E os pees diserom:
-Nom podemos andar.
E as mãaos diserom:
-Nom podemos trabalhar.
Vendo esto, as mãaos tomarom do pam para dal-o aa boca; e a boca e o corpo eram ja postos em tamta fraqueza que os demtes da boca nom sse poderom abrir. E per esta perfia o corpo morreo: e, elle morto, morrerom os pees e as mãaos com todolos outros membros.


Pom este poeta emxemplo per nosso amaestramento e diz, rreprehendendo os auaros, os quaaes nom querem ajudar o sseu proximo nas ssuas neçessidades. Ajnda diz que nhũu homem sse deue rreputar d’atanto, por muy poderoso e rrico que sseia, que algũas vezes nom lhe faça mester o seruiço d’outrem e d’outros que ssom de muy mays pequena condiçom que elle, por que hũu amyguo ssempre lhe conpre seruiço d’outros: hũu amyguo serue o outro amyguo. Outrossy diz que, bem que o homem sseja tanto maao que nom queyra perdoar a outrem, deue perdoar a ssy medes, por nom sseer rreputado cruell e maao.”[2]


A moral continua a ser a mesma e está relacionada com a importância da coesão social, independentemente do estatuto dos Homens na mesma sociedade. E a verdade é que continua actual e perfeitamente ensinável às pessoas de hoje, como o era no século XV e no tempo dos gregos antigos.
[1] Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Editorial Enciclopédia Limitada, vol.10, p.803.
[2] “O Livro de Esopo”, Leite de Vasconcellos, pp.38-39, cit. em “Textos Medievais Portugueses”, Corrêa de Oliveira e Saavedra Machado, Atlântida – Livraria Editora, Coimbra, 1959.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Reflexão Breve sobre a Televisão

A série de época que recentemente passou na televisão e que se chama “Conta-me Como Foi” suscitou-nos algumas reflexões. Que os portugueses têm todo o talento para fazer séries boas e televisão boa, não deixa dúvidas. Que a televisão é, hoje, geralmente má, também é óbvio. “Conta-me Como Foi”, que peca por copiar um programa homónimo espanhol, retrata com algum rigor uma época e uma mentalidade que existiram há cerca de 40 anos. Podemos ver o medo da Ditadura e da polícia, a clandestinidade – de passagem –, as actividades ditas subversivas, o quotidiano com pouco dinheiro, a infância mais ou menos alheia ao mundo perturbador dos adultos, as fortes relações comunitárias, etc. Apesar de algumas fantasias, a série tem uma função importante nos dias de hoje, que é tentar encurtar a distância entre as gerações mais velhas e as mais novas, através da empatia e da compreensão. Aqui se pode ver um retrato de um tempo, desde a mentalidade ao vestuário e aos móveis. Os actores, em geral muito bons, ajudam muito à compreensão das personagens e dos seus lugares na sociedade dos anos ’60 e ’70. É por a série ser tão boa, no cenário infame da televisão actual, que indigna mais ser baseada noutra. Numa época em que a Educação parece estar cada vez pior, quer nas formas, quer nos conteúdos, e as gerações mais novas um tanto desorientadas, é de questionar o papel degenerativo que a televisão pode ter. Não se deve pretender uma televisão “politicamente correcta” e bem comportada; apenas falamos na necessidade de conteúdos de qualidade, que deixem de parte o ridículo, o superficial e o degradante e invistam antes naquilo que é verdadeiramente formador e interessante. Neste sentido, podemos referir, ao acaso, o “Sociedade Civil” e os programas do Prof. José Hermano Saraiva como bons conteúdos. Mas em que ajudarão, por exemplo, os jovens séries como “Morangos Com Açúcar”, “Rebelde Way” ou “Floribella”? E, além disso, em que medida retratarão uma fatia suficientemente alargada da juventude actual, produzindo talvez pretensões de empatia onde esta não pode existir? Longe talvez o tempo de um “Verão Azul”, de certo modo idealista, mas com personagens profundas, realistas e representativas de meios sociais determinados. E até reflexo de uma certa ternura, o que a tornou uma referência indelével de milhares de jovens por todo o Mundo. Poderá “Morangos Com Açúcar” ser lembrada daqui a 28 anos como um momento “mágico” e pedagógico de televisão? As intrigas e caprichos, frequentemente dementados, das personagens poderão gerar afectos, referências e valores perenes para a vida? Falámos apenas nestes poucos programas, pois o espaço de que dispomos não nos permite mais considerações, nem nós temos à mão os documentos que contam a história da televisão. Mas não quisemos deixar de reflectir brevemente sobre o papel favorável que esta podia ter na aquisição de Cultura. Pensamos que ela não deve ser um meio de concorrência desenfreada entre canais pois, se chega a tanta gente, não deveria servir tão pouca. A televisão é comunitária, é de todos e, em tudo o que transmite, deveria conter esse propósito altruísta e nobre de formar cidadãos livres e bons.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Cientistas Ao Palco

Os Cientistas ao Palco vão andar em digressão, com ante-estreias de espectáculos com e sobre cientistas a serem preparados para a Noite Europeia dos Investigadores de Lisboa, Porto, Coimbra e Olhão.

Convidamos a estarem presentes:
11 de Setembro / 22h00 - Cientistas de Pé na Ilga


Cientistas de Pé - um espectáculo de Stand-up Comedy

Sete cientistas das mais diversas áreas (excepto das que têm empregabilidade) fazem o espectáculo Cientistas de Pé. São abordados temas como o futebol, sexo, religião, o maior problema ambiental do mundo, mensagens para os extraterrestres, ciências leves, ciências duras e o papel dos homens na ciência (não necessariamente por esta ordem). A comicidade é assegurada por uma série de rigorosos testes realizados em laboratório, pelo que o público nem precisa de se preocupar em rir. A duração do espectáculo é cerca de 50 minutos (mais encores).

Ficha técnica
Actores: Bruno Pinto, Cheila Almeida, Daniel Silva, João Damas, Sandra Mateus, Sofia Leite e Sofia Vaz
Direcção de texto: David Marçal
Direcção de actores: Romeu Costa
Produção: c. q. d. e Noite Europeia dos Investigadores

Onde

Associação ILGA Portugal
Centro LGBT
Rua de S. Lázaro, 88
Lisboa
ENTRADA LIVRE
Autocarro: 790 / Metro: Martim Moniz
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12 de Setembro / 21h30 - Cientistas ao Palco de Bragança

De que falamos quando falamos de cientistas? - Um espectáculo de teatro fórum

A vida dos cientistas tal como ela é: como se começa a carreira de investigação, como é que se conjuga o trabalho com a família e amigos, ficar ou ir embora de Portugal, o que são os orientadores e o que fazer quando desorientam. O que são bolsas e empregos científicos? De que vivem, o que querem, de onde vêem e para onde vão?
Só vale a pena ser cientista se for para descobrir a cura definitiva do cancro, a vacina para o HIV ou ganhar o prémio Nobel?
Cientistas que se transformaram em actores para explicar tudo isto e mais, num espectáculo de teatro fórum que tenta responder à grande pergunta: Afinal, de que é que falamos quando falamos de cientistas?
O Teatro-Fórum contém dois momentos: primeiro há a apresentação do espectáculo, com vários momentos de conflito entre personagens, e depois é pedida a intervenção do público em palco para substituir actores e propor uma resolução do(s) problema(s) apresentado(s).

Ficha técnica
Actores: Américo Duarte, Ana Castro, Ana Osório Oliveira, Andrea Santos, Ângela Crespo, Catarina Francisco, Catarina Silva, Cláudia Andrade, Cláudia Gaspar, Leonor Alves, Mariline Justo e Sónia Negrão
Autoria: David Marçal, Joana Lobo Antunes e Romeu Costa
Direcção: Joana Lobo Antunes e Romeu Costa
Encenação: Romeu Costa
Produção: c. q. d. e Noite Europeia dos Investigadores

Cientistas de Pé - um espectáculo de Stand-up Comedy

Sete cientistas das mais diversas áreas (excepto das que têm empregabilidade) fazem o espectáculo Cientistas de Pé. São abordados temas como o futebol, sexo, religião, o maior problema ambiental do mundo, mensagens para os extraterrestres, ciências leves, ciências duras e o papel dos homens na ciência (não necessariamente por esta ordem). A comicidade é assegurada por uma série de rigorosos testes realizados em laboratório, pelo que o público nem precisa de se preocupar em rir. A duração do espectáculo é cerca de 50 minutos (mais encores).

Ficha técnica
Actores: Bruno Pinto, Cheila Almeida, Daniel Silva, João Damas, Sandra Mateus, Sofia Leite e Sofia Vaz
Direcção de texto: David Marçal
Direcção de actores: Romeu Costa
Produção: c. q. d. e Noite Europeia dos Investigadores


Onde
Teatro Municipal de Bragança
Praça Professor Cavaleiro Ferreira
Bragança
Entrada: 2€
Contacto bilheteira: 273 302 744 / bilheteira-teatro@cm-braganca.pt

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18 de Setembro / 22h00 - Cientistas de Pé na Cossoul

Cientistas de Pé - um espectáculo de Stand-up Comedy

Sete cientistas das mais diversas áreas (excepto das que têm empregabilidade) fazem o espectáculo Cientistas de Pé. São abordados temas como o futebol, sexo, religião, o maior problema ambiental do mundo, mensagens para os extraterrestres, ciências leves, ciências duras e o papel dos homens na ciência (não necessariamente por esta ordem). A comicidade é assegurada por uma série de rigorosos testes realizados em laboratório, pelo que o público nem precisa de se preocupar em rir. A duração do espectáculo é cerca de 50 minutos (mais encores).

Ficha técnica
Actores: Bruno Pinto, Cheila Almeida, Daniel Silva, João Damas, Sandra Mateus, Sofia Leite e Sofia Vaz
Direcção de texto: David Marçal
Direcção de actores: Romeu Costa
Produção: c. q. d. e Noite Europeia dos Investigadores

Onde
Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul
Av. D. Carlos I, 61 -1º
Lisboa
Autocarros: 727, 706, 60, 794 / Electrico: 25 / Metro: Cais do Sodré
Entrada: 2€
Contacto bilheteira: 21 397 34 71 /geral@guilhermecossoul.pt




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Cientistas ao Palco - Noite dos Investigadores 2009

http://blogs.publico.pt/cientistasaopalco/
http://twitter.com/CientistasPalcohttp://www.facebook.com/people/Cientistas-Ao-Palco

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sobre Mitologia- Cassandra

Na realidade, o texto que se segue pretende ser apenas uma breve nota introdutória à personagem da mitologia clássica. Não irei discorrer longamente sobre o assunto, nem tão-pouco estabelecer relações com outros personagens, temas, ou conceitos.


Filha do rei Príamo e da rainha Hécuba, Cassandra é uma personagem da mitologia Grega, presente na obra Ilíada, de Homero. Devota de Apolo, este Deus apaixona-se por ela e ensina-lhe os segredos da profecia. Quando Cassandra se recusa a dormir com o Deus Apolo, este decide vingar-se, maldiçoando-a, de modo que a população de Tróia deixa de acreditar nas profecias catastróficas de Cassandra. Até o rei Príamo, seu pai, rejeita a ideia de que Tróia será destruída após um ataque dos gregos e, deste modo, recusa destruir um cavalo de madeira que fora levado para o interior das muralhas da cidade.
O resto da história é sobejamente conhecida, os gregos saem do interior do cavalo, onde aguardavam escondidos, destruindo a cidade, e espalhando o horror e a devastação.

Regresso de Férias

Informa-se os nossos estimados leitores, que o Armarium Libri está de regresso após um período de "férias". Na verdade, esta pausa foi dedicada ao término de alguns projectos pessoais dos autores. Mas estamos de volta com mais informação cultural.
Boas Leituras.