Vacinação – Uma grande conquista
A Europa do século XVIII assistiu a uma crescente preocupação com a Saúde Pública, sendo uma das razões o decréscimo populacional que se verificava. Para inverter esta situação, vários médicos e filósofos contribuíram com tratados tendo em vista uma melhoria ao nível da saúde, educação e da vida em sociedade. Uma das maiores conquistas ao nível da Medicina foi conseguida no século XVIII. Refiro-me à vacinação, método preventivo descoberto pelo médico escocês Edward Jenner (1749-1823), que contribuiu para o aumento do vigor físico da população, assim como da esperança média de vida.
Breve história da vacinação: Após aturados estudos que terão durado cerca de três décadas, E. Jenner apercebeu-se que as leiteiras infectadas por uma varíola que só era prejudicial às vacas, sem gravidade para humanos (cow-pox) ficavam imunes à varíola humana (small-pox). Assim, Jenner inoculou uma criança com a cow-pox, que, como demonstrado por experiências, ficou imune à varíola transmitida por humanos. Após alguns anos deu-se finalmente início à prevenção anti-variólica. (1)
Os resultados no presente: A vacinação conseguiu uma enorme vitória a nível mundial: a erradicação da Varíola. Esta doença que foi, durante séculos, responsável pela morte de milhões de pessoas, foi considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde, em 1980.
Em Portugal, criou-se o Plano Nacional de Vacinação (PNV), em 1965, e desde aí têm-se verificado consideráveis melhorias no combate a determinadas doenças infecciosas. Vejamos os números: No final de 1965 tinham sido identificados 292 casos de Poliomielite, e no ano seguinte, após vacinação, o número baixou para apenas 13 casos (diminuição de 96%!). Em 1966 registaram-se 1010 casos de difteria e 973 casos de tosse convulsa, no ano seguinte, após vacinação massiva de crianças, verificou-se uma redução para 479 casos e 493 casos, respectivamente (decréscimo de 50%). (2)
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