Pela primeira vez em Portugal, um partido realizou eleições através de Primárias Abertas, que é algo revolucionário no panorama político nacional. Enquanto nos outros partidos são os dirigentes que escolhem os membros que irão integrar a lista, no LIVRE a lista é composta e escolhida por qualquer cidadão que se identifique com os ideais e princípios do partido.
Crédito: D. Barbosa
Este processo ocorreu em duas fases distintas. Numa primeira fase, os cidadãos propuseram-se como pré-candidatos à lista. Qualquer cidadão, mesmo não-militante, poder-se-ia ter proposto. Cada membro e apoiante tinha três avais disponíveis para atribuir a cada um desses pré-candidatos. Saídos os resultados, foram ordenados os pré-candidatos do 7º ao último lugar, intercalados homem-mulher, num sistema de paridade que permite igualdade de género no acesso aos lugares. Serve este processo para contrariar o registo que se tem observado de que as mulheres ficam excluídas por terem menos votos, impedindo-as de ter voz ativa na política, e por conseguinte na sociedade.
Os seis candidatos com mais votos passaram à segunda fase, onde realizaram debates e informaram os eleitores das suas ideias para melhorar a política europeia. No dia 6 de Abril realizaram-se as eleições, em que foram ordenados estes 6 primeiros candidatos. Aqui puderam votar não só membros e apoiantes, mas cidadãos independentes e militantes de outros partidos, desde que subscrevessem o manifesto eleitoral de apoio às Primárias Abertas do LIVRE. As mesas de votação estiveram abertas em Lisboa e no Porto, e a quem não se pôde deslocar por estar noutra região ou noutro país, foi dada a possibilidade de votar por correspondência.
Resultados
Os resultados saíram esta semana, e eis os candidatos ordenados e a respetiva pontuação, de acordo com a fórmula de cálculo:
- Rui Tavares 263,683
- Luísa Alvares 100,234
- Carlos Teixeira 101,800
- Ana M. Pires 98,566
- Paulo Monteiro 89,633
- Palmira Silva 94,066
A posição de alguns candidatos foi ajustada, devido ao requisito de paridade. Por exemplo, apesar do Carlos Teixeira ter mais pontos, a Luísa Álvares passou-lhe à frente de modo a termos paridade de género.
Antecipando a crítica de que o resultado foi o esperado por o Rui Tavares ficar em primeiro lugar, lembro que qualquer pessoa pôde votar, inclusive qualquer cidadão independente e não apenas os membros. Até ao momento final, tudo esteve em aberto, e foram os cidadãos (que votaram, claro) os responsáveis pelo resultado. Isto é um grande exemplo de democracia.
Como evento paralelo, esteve um grupo de músicos no Chiado que ia tocando música de acordo com as instruções dadas pelos transeuntes que eram convidados a empunhar a batuta. A iniciativa era simbólica, e pretendia demonstrar que do mesmo modo que qualquer cidadão podia conduzir aquela orquestra, também ele tem o poder para decidir o rumo do país. E isto é simplesmente lindo!
Crédito: D. Barbosa
Eis a lista final de candidatos ao Parlamento Europeu, constituída e escolhida pelos portugueses:
1º Rui Tavares
2º Luísa Álvares
3º Carlos Teixeira
4º Ana Matos Pires
5º Paulo Monteiro
6º Palmira Silva
7º Pedro Vieira
8º Safaa Dib
9º Ricardo Alves
10º Mariana Topa
11º João Vasco Gama
12º Maria João Cantinho
13º Rafael Esteves Martins
14º Marta Pacheco
15º André Nóvoa
16º Rita Paulos
17º José Manuel Azevedo
18º Mariana Santos
19º Sérgio Lavos
20º Bárbara Magalhães
21º Pedro Abrantes
22ºMargarida Bak Gordon
23º Filipe Santos Henriques
24º Mónica Lima
25º José Costa
26º Cláudia Vaz Pinto
Os cidadãos envolveram-se, participaram e escolheram. Os cidadãos estão a decidir o futuro do país. Porque podem, porque são LIVREs.
1º Rui Tavares
2º Luísa Álvares
3º Carlos Teixeira
4º Ana Matos Pires
5º Paulo Monteiro
6º Palmira Silva
7º Pedro Vieira
8º Safaa Dib
9º Ricardo Alves
10º Mariana Topa
11º João Vasco Gama
12º Maria João Cantinho
13º Rafael Esteves Martins
14º Marta Pacheco
15º André Nóvoa
16º Rita Paulos
17º José Manuel Azevedo
18º Mariana Santos
19º Sérgio Lavos
20º Bárbara Magalhães
21º Pedro Abrantes
22ºMargarida Bak Gordon
23º Filipe Santos Henriques
24º Mónica Lima
25º José Costa
26º Cláudia Vaz Pinto
Os cidadãos envolveram-se, participaram e escolheram. Os cidadãos estão a decidir o futuro do país. Porque podem, porque são LIVREs.
Outros documentos de interesse
Programa do LIVRE para as Eleições Europeias
Moção Estratégica do LIVRE: A exigência democrática
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