Parte 2 - As ideias Darwinistas em "Fragmento", de Warren Fahy.
O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), deu particular atenção ao estudo das ilhas, pois estas são consideradas autênticos laboratórios naturais, e, uma vez que as espécies estão isoladas geograficamente, torna-se mais fácil observar as alterações que se vão manifestando ao longo do tempo, comparando-as com as espécies originárias dos continentes. Assim, a premissa de “Fragmento” é que à medida que os continentes se afastavam, devido ao movimento das placas tectónicas, um fragmento de terra foi ficando cada vez mais isolado, acabando por tornar-se uma ilha perdida no imenso oceano, cuja geografia impedia que os seres vivos que lá habitavam abandonassem o seu território. Deste modo, ligeiras diferenças foram-se acumulando, formando não só espécies diferentes entre si, como cada vez mais divergentes das originárias do continente. Como as condições ambientais não eram as melhores, sobreviveram as criaturas que eram capazes de viver em simbiose, aparentando ser uma mistura de plantas, fungos e animais. Devido à ausência de recursos, os seres daquela ilha necessitavam de se alimentar uns dos outros. Para contrariar as consequências do intenso efeito da predação, estes seres tinham uma grande quantidade de descendentes e possuíam um ciclo de vida curto. Isto levava a que a especiação (formação de novas espécies) se desse a um ritmo acelerado.
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