sexta-feira, 11 de abril de 2014

A Lista do LIVRE


Pela primeira vez em Portugal, um partido realizou eleições através de Primárias Abertas, que é algo revolucionário no panorama político nacional. Enquanto nos outros partidos são os dirigentes que escolhem os membros que irão integrar a lista, no LIVRE a lista é composta e escolhida por qualquer cidadão que se identifique com os ideais e princípios do partido.


Crédito: D. Barbosa

Como é que tudo se realizou?
Este  processo ocorreu em duas fases distintas. Numa primeira fase, os cidadãos propuseram-se como pré-candidatos à lista. Qualquer cidadão, mesmo não-militante, poder-se-ia ter proposto. Cada membro e apoiante tinha três avais disponíveis para atribuir a cada um desses pré-candidatos. Saídos os resultados, foram ordenados os pré-candidatos do 7º ao último lugar, intercalados homem-mulher, num sistema de paridade que permite igualdade de género no acesso aos lugares. Serve este processo para contrariar o registo que se tem observado de que as mulheres ficam excluídas por terem menos votos, impedindo-as de ter voz ativa na política, e por conseguinte na sociedade.
Os seis candidatos com mais votos passaram à segunda fase, onde realizaram debates e informaram os eleitores das suas ideias para melhorar a política europeia. No dia 6 de Abril realizaram-se as eleições, em que foram ordenados estes 6 primeiros candidatos. Aqui puderam votar não só membros e apoiantes, mas cidadãos independentes e militantes de outros partidos, desde que subscrevessem o manifesto eleitoral de apoio às Primárias Abertas do LIVRE. As mesas de votação estiveram abertas em Lisboa e no Porto, e a quem não se pôde deslocar por estar noutra região ou noutro país, foi dada a possibilidade de votar por correspondência.

Resultados
Os resultados saíram esta semana, e eis os candidatos ordenados e a respetiva pontuação, de acordo com a fórmula de cálculo:
  • Rui Tavares 263,683
  • Luísa Alvares 100,234
  • Carlos Teixeira 101,800
  • Ana M. Pires 98,566
  • Paulo Monteiro 89,633
  • Palmira Silva 94,066
Enquanto nos outros partidos são os dirigentes que escolhem os membros que irão integrar a lista, no LIVRE a lista é composta e escolhida por qualquer cidadão que se identifique com os ideais e princípios do partido.

A posição de alguns candidatos foi ajustada, devido ao requisito de paridade. Por exemplo, apesar do Carlos Teixeira ter mais pontos, a Luísa Álvares passou-lhe à frente de modo a termos paridade de género.
Antecipando a crítica de que o resultado foi o esperado por o Rui Tavares ficar em primeiro lugar, lembro que qualquer pessoa pôde votar, inclusive qualquer cidadão independente e não apenas os membros. Até ao momento final, tudo esteve em aberto, e foram os cidadãos (que votaram, claro) os responsáveis pelo resultado. Isto é um grande exemplo de democracia.

Como evento paralelo, esteve um grupo de músicos no Chiado que ia tocando música de acordo com as instruções dadas pelos transeuntes que eram convidados a empunhar a batuta. A iniciativa era simbólica, e pretendia demonstrar que do mesmo modo que qualquer cidadão podia conduzir aquela orquestra, também ele tem o poder para decidir o rumo do país. E isto é simplesmente lindo!


Crédito: D. Barbosa

Eis a lista final de candidatos ao Parlamento Europeu, constituída e escolhida pelos portugueses:

     1º Rui Tavares
     2º Luísa Álvares
     3º Carlos Teixeira
     4º Ana Matos Pires
     5º Paulo Monteiro
     6º Palmira Silva
     7º Pedro Vieira
     8º Safaa Dib
     9º Ricardo Alves
     10º Mariana Topa
     11º João Vasco Gama
     12º Maria João Cantinho
     13º Rafael Esteves Martins
     14º Marta Pacheco
     15º André Nóvoa
     16º Rita Paulos
     17º José Manuel Azevedo
     18º Mariana Santos
     19º Sérgio Lavos
     20º Bárbara Magalhães
     21º Pedro Abrantes
     22ºMargarida Bak Gordon
     23º Filipe Santos Henriques
     24º Mónica Lima
     25º José Costa
     26º Cláudia Vaz Pinto

Os cidadãos envolveram-se, participaram e escolheram. Os cidadãos estão a decidir o futuro do país. Porque podem, porque são LIVREs.

Outros documentos de interesse
Programa do LIVRE para as Eleições Europeias
Moção Estratégica do LIVRE: A exigência democrática

terça-feira, 1 de abril de 2014

O Renascer da Esperança


Com a Primavera, renasceu a Esperança: eis que chegou o LIVRE
por João L. Monteiro, membro do LIVRE


Este ano, o início da Primavera trouxe consigo o florescer de uma nova papoila, politicamente falando. Esta flor é o símbolo do LIVRE, o novo partido recentemente legalizado pelo Tribunal Constitucional. Este é um partido que promete ser diferente em vários aspectos, constituído na sua génese por cidadãos e não por políticos de carreira. Este é o partido da Esperança, que reúne pessoas motivadas a fazer a diferença, mobilizadas para criar um país melhor, que apresenta propostas concretas e pragmáticas para tirar o país da crise. É o partido que assenta em quatro pilares: Liberdade, Esquerda, Ecologia, Europa. Por outras palavras, é um partido que se coloca no centro da esquerda, tendo a Liberdade como valor principal, defende a permanência de Portugal na União Europeia, e que olha para ecologia como caminho para um desenvolvimento sustentável.

Já referi que é um partido diferente. Mas em que medida? Em vários aspectos, como irei demonstrar. É a renovação que Portugal precisava a nível político.

É um partido que pretende fazer convergência com outros partidos de esquerda, porque apenas juntos conseguirão derrotar a direita neoliberal que inventou uma narrativa de despesismo dos cidadãos e do Estado para justificar as medidas de empobrecimento deliberado.

O LIVRE é aberto. Existem três categorias: membros (ou militantes), apoiantes (pessoas que não querem militar, mas que podem votar) e observadores (pessoas que não querem militar nem votar, mas que querem estar presentes). As reuniões, mesmo as do Grupo de Contacto (ou direcção), da Assembleia e dos núcleos territoriais são públicas pelo que podem ser assistidas por todos os cidadãos. Os regulamentos com as regras e decisões estão disponíveis no site da internet.

É o partido que está a envolver toda a sociedade civil, ou como noticiou o Público é o partido dosmaquinistas e dos cientistas. É aqui que as pessoas poderão ser ouvidas, é aqui que elas terão voz, é aqui que poderão fazer a diferença. Aqui, os programas políticos, documentos de reflexão e regulamentos são escritos pelos membros e/ou apoiantes, emendados e votados pelos mesmos.

É o partido que está a experimentar pela primeira vez em Portugal o sistema de eleições de Primárias Abertas para escolher os seus candidatos para o Parlamento Europeu. Enquanto nos outros partidos os candidatos são escolhidos pelos dirigentes, no LIVRE são os próprios cidadãos que querem concorrer que se apresentam ao Partido. Numa primeira fase receberão os avais dos membros e apoiantes para seleccionar os 21 candidatos que irão constituir a lista ao Parlamento Europeu. Os seis candidatos com mais avais irão a uma segunda ronda para serem ordenados, e aí todos poderão decidir, mesmo as pessoas que não estão ligados ao Partido. De salientar que da lista de pré-candidatos que se apresentaram, podemos encontrar sindicalistas, historiadores, cientistas, sociólogos e até jovens estudantes.

É o partido que ouve não só quem está em Portugal mas quem já emigrou. Tem uma forte ligação ao movimento da Diáspora. Aliás, alguns dos pré-candidatos às europeias estão no estrangeiro. Pode-se dizer que um pouco por todo o mundo as pessoas estão a aderir ao LIVRE. Isto não é exagero, uma vez que temos tido emigrantes a assistir às reuniões, através de meios audiovisuais, residentes na Austrália, por exemplo.

Este é o Partido que quer sair da crise oferecendo uma alternativa realista de desenvolvimento sustentável; dos que querem investir num futuro melhor; dos que defendem o Estado Social com mais saúde e mais educação; é o partido dos jovens e dos seniores; é dos que ainda acreditam e que não baixam os braços; é dos estudantes, dos bolseiros, dos precários, dos empresários que lutam para manter os seus negócios. Este partido são os Portugueses. Este partido é o LIVRE.


É tempo de fazermos Política.


Desde a criação deste blogue que os seus autores têm tentado intervir na sociedade promovendo a cultura. Por essa razão, são os vários os temas aqui escritos e divulgados. Começámos com a ciência, a história e a literatura e, posteriormente, fomos abordando outras áreas.

Já aqui se falou ocasionalmente de política. A partir de agora, falar-se-á mais recorrentemente deste tema. Os tempos que atualmente vivemos assim nos ditam. Irei analisar alguns problemas da nossa sociedade atual, propor soluções, comentar notícias, tentar esclarecer.

Porque a política é feita pelos cidadãos, e porque somos nós os donos do nosso futuro. É altura de intervir politicamente, tendo em vista a manutenção de uma sociedade justa, igualitária e solidária.


NOTA: Tendo os autores deste blogue ideias diferentes, salienta-se que as ideias políticas expressas são da responsabilidade de cada um dos intervenientes.