Divulgo a seguinte mensagem que me foi enviada:
"Darwin escreveu nas suas memórias da "Viagem do Beagle", quando aportou aos Açores no caminho de regresso e visitou a ilha Terceira, em 20 de Setembro de 1836: "Gostei do passeio deste dia, embora não tivesse encontrado coisa que merecesse a pena ver." Como Açorianos, cientistas, lamentamos em silêncio esta observação tão prejudicial acerca destas ilhas, embora francamente compreendamos que, após 4 anos no mar, Darwin estivesse cansado e inquieto por chegar a casa... Cerca de cinquenta anos mais tarde, em correspondência com o malacólogo Açoriano Francisco Arruda Furtado, Darwin escreveu: "Eu considero um feliz evento para a ciência que um homem como vós [...] habite um grupo de ilhas oceânicas. [...] Tendes um esplêndido campo de observação e não duvido que as vossas investigações venham a ser muito valiosas" (carta de C. Darwin a F. Arruda Furtado, 3 de Julho de 1881). Como Açorianos, cientistas, secretamente desejamos que este comentário um dia nos venha a ser aplicável!
Queremos fazer parte das comemorações mundiais de Darwin e da sua obra "Sobre a Origem das Espécies", pois Darwin esteve aqui e aqui presentemente espécies estão a ser originadas. Por esta razão estamos a preparar um simpósio, nos Açores, tendo as "ILHAS DOS AÇORES" como tema unificador:
O ERRO DE DARWIN e o que estamos a fazer para o corrigir"
(19-22 de Setembro de 2009)
Desta vez prometemos a Darwin(istas) 4 dias inesquecíveis nos Açores quando, entre outras coisas, apresentaremos com humildade as nossas contribuições passadas/presentes e futuras. Segue um esboço de programa:
Queremos fazer parte das comemorações mundiais de Darwin e da sua obra "Sobre a Origem das Espécies", pois Darwin esteve aqui e aqui presentemente espécies estão a ser originadas. Por esta razão estamos a preparar um simpósio, nos Açores, tendo as "ILHAS DOS AÇORES" como tema unificador:
O ERRO DE DARWIN e o que estamos a fazer para o corrigir"
(19-22 de Setembro de 2009)
Desta vez prometemos a Darwin(istas) 4 dias inesquecíveis nos Açores quando, entre outras coisas, apresentaremos com humildade as nossas contribuições passadas/presentes e futuras. Segue um esboço de programa:
DIA 19. "Como éramos" - Embora geologicamente jovens, os Açores têm um dos poucos exemplos do neogénio intertidal em ilhas oceânicas, e nós temos vindo a escavá-lo. Detemos provavelmente uma chave importante para a compreensão dos efeitos das glaciações no biota do Atlântico Norte. Para além disso, as nossas fontes hidrotermais abrigam micróbios arcaicos que encriptam dentro deles os próprios segredos da vida. Paulyn Cartwright, que procura consistência para os padrões de evolução na fluidez das medusas, gentilmente acedeu a conceder-nos a honra da palestra de abertura deste dia.
DIA 20. "A dinâmica da colonização" - Isolados no meio do Atlântico Norte, na encruzilhada das correntes e dos ventos, na charneira do domínio temperado/subtropical, os Açores sumarizam um paradigma biológico: contra ventos e correntes, eles são Europeus! Peter Grant, que deslindou a interdependência dos factores bióticos/abióticos associados com a diversidade dos tentilhões dos Galápagos, gentilmente acedeu a conceder-nos a honra da palestra de abertura deste dia.
DIA 21. "A dinâmica da evolução" - Os moluscos terrestres são os "tentilhões" Açorianos; metade deles são endémicos e a especiação pode de facto ser aqui apanhada em flagrante. Estamos convencidos de que o equilíbrio pontuado pode ver-se ao vivo nos nossos caracóis. Bruce Lieberman, que aprendeu com os pais do equilíbrio pontuado - Niles Eldredge e Stephen J. Gould - e que tem seguido a evolução desde o tempo profundo, gentilmente acedeu a conceder-nos a honra da palestra de abertura deste dia.
"Darwin e a Sociedade" - O trabalho de Darwin influenciou profundamente o mundo, muito para além do domínio da ciência; tocou a própria raiz das vidas das pessoas, as suas convenções sociais, as suas crenças religiosas. Aqui, razão e coração frequentemente têm ensombrado o desejo de um bem necessário entendimento. Eugenie C. Scott, que tem devotado a sua carreira a promover o entendimento e a separação de ciência e fé, gentilmente acedeu a conceder-nos a honra da palestra de abertura desta sessão.
DIA 22. "A dinâmica da conservação" - É aqui (e disso não nos orgulhamos!) que vive a ave mais ameaçada da Europa, o priolo, Pyrrhula murina. É também aqui que se desenvolve um projecto galardoado para o proteger. Rosemary Grant, que aqui esteve nos anos 70 a investigar os nossos tentilhões, gentilmente acedeu a conceder-nos a honra da palestra de abertura deste dia.
Cientes da nossa insignificância mas estrategicamente empoleirados nos ombros dos maiores no mundo da ciência, com orgulho vos convidamos a vir e apreciar os Açores e a ciência que aqui se desenvolve.
Sinceramente vosso,
António M. de Frias Martins CIBIO-Pólo Açores, Departamento de Biologia - Universidade dos Açores - 9501-801 Ponta DelgadaSão Miguel - Açores - Portugal "
Informação retirada para divulgação de:
webpage: http://darwin.inazores.net/
webpage: http://darwin.inazores.net/
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