sexta-feira, 26 de agosto de 2011

E-BAY CIENTÍFICO



E se quisesse fazer uma experiência e não tivesse condições no seu laboratório?

Esta situação é mais que comum para a maioria dos investigadores (pelo menos em muitos laboratórios da Península Ibérica).

Daí a busca de parcerias, de colaborações, para poder levar uma ideia experimental a bom termo. Os serviços de apoio à investigação existentes nalgumas universidades também ajudam, por vezes. Mas, nalguns casos, o investigador vê-se perante uma situação em que necessita de um ensaio ou análise que não tem possibilidade de fazer e que necessita com urgência, não tendo tempo para procurar novas parcerias. (As parcerias são excelentes mas, por vezes, também sofrem de problemas com a incompatibilidade de prioridades.)

Pois agora surgiu uma nova solução para esta problemática: a Nature chama-lhe o “e-bay para a ciência”! Na verdade chama-se Science Exchange e é um novo website que foi lançado na Califórnia na semana passada e que funciona como um marketplace para experiências científicas.

De forma resumida, é assim que funciona: um investigador coloca no site uma proposta de projecto que está interessado em concretizar (post); outros utilizadores (investigadores ou instituições) que tenham capacidade laboratorial para o fazer ou que queiram rentabilizar o seu equipamento podem licitar, propondo um valor por esse serviço (bid); depois de aceitar a licitação, o investigador pode ir seguindo o seu projecto através do site (tracking). Realmente, o processo de funcionamento não é muito diferente do E-Bay.

Como referiu a co-fundadora Elizabeth Iorns à Nature, “o objetivo do site é tornar a investigação científica mais eficiente, facilitando o acesso dos investigadores à competência técnica e a instalações subutilizadas”. A própria Elizabeth deparou-se com esta problemática enquanto investigadora na área do cancro de mama na Universidade de Miami (Florida, EUA).

E já existem quase mil cientistas a utilizar o site!

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