quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A Arma dos Juízes

Nesta obra de 2002, de Clara Pinto Correia, intitulada A Arma dos Juízes, reaparecem as personagens de uma outra obra anterior – Adeus, Princesa (1985). De facto, Joaquim Peixoto, Bárbara Emília Frutuoso e Sebastião Curto voltam a encontrar-se, agora em Lisboa.
Leninha, estranha a ausência no trabalho de sua colega Manuela, esposa de um poderoso Juiz. Assim, decide chamar Sebastião e procurar a sua amiga em casa. Ao chegarem, e ao aperceberem-se da calma que assola o local, Sebastião decide entrar na casa e descobre que fora cometido um crime macabro. Sendo fotógrafo, automaticamente recolhe imagens do sucedido e posteriormente convida o seu amigo jornalista Joaquim Peixoto para investigar e escrever sobre o horrível acontecimento.
Ao longo do enredo, conhecemos as razões do sucedido e as complicações que daí advêm. Com o desenrolar da estória, a trama adensa-se, com muito mistério e conspirações à mistura. Os capítulos intercalam-se simultaneamente entre o presente e o passado, permitindo-nos conhecer melhor a história das personagens principais.
Além disso, esta obra é também um produto da reflexão sobre o estado do jornalismo, a dependência de fármacos pela população, o frenesim que vivemos em sociedade e suas consequências.

Sugestão:
Clara Pinto Correia, A Arma dos Juizes, Relógio d’Água Editores, Lisboa, 2002

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